A Biblioteca de Obras raras da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EBAOR) é oriunda de uma das bibliotecas mais antiga da Universidade, a Biblioteca da Academia Imperial de Belas Artes (AIBA).
O “acervo-base” foi formado principalmente por doações que começaram com nossos imperadores, somando-se a de professores e suas famílias, artistas, ministros de Estado, instituições nacionais e estrangeiras, com a transferência de livros da Biblioteca Pública Imperial, e outros diferentes doadores (LUZ, 1999, p.150). A AIBA também realizava compras de livros e estampas com verba própria. A cada início de ano letivo a importância total arrecadada das matrículas dos alunos era revertida para aquisição de livros (GODOY, 2015).
Segundo Godoy, 2015 a Biblioteca desde sua origem
"tinha como um dos seus objetivos a eficiência quanto à seleção. Seu acervo não foi constituído aleatoriamente, todo o processo de seleção era cuidadosamente analisado, enriquecendo, com novos livros e estampas à medida que a Academia se desenvolvia. [...] Os serviços de seleção e aquisição eram realizados pelo diretor e pelo secretário da Academia, era também responsabilidade desses a coordenação dos empréstimos e os serviços de melhorias na sala da Biblioteca. Tinha como auxiliares o porteiro da Academia e seu ajudante".
O acervo da Biblioteca é o testemunho da evolução do ensino artístico, principalmente, da Europa, modelo utilizado pela AIBA.
REFERÊNCIA
GODOY, Rosani Parada. Processos de formação do acervo da biblioteca da Academia Imperial de Belas Artes e seu uso como material didático (1834- 1857). 2015. 189 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Biblioteconomia) – Escola de Biblioteconomia, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.unirio.br/ppgb/arquivo/DISSERTACAO%20ROSANI%20GODOY.pdf>. Acesso em: 12 jan. 2016.
LUZ, Angela Ancora. A Escola de Belas Artes – uma história da arte. Arquivos da Escola de Belas Artes. Rio de Janeiro: EBA/UFRJ, 1999. p.71-91.
PEREIRA, Sônia Gomes. O Museu D. João VI. Acervo, Rio de Janeiro, v. 21, n. 1, p. 149-160, jan/jun 2008. Disponível em: <http://revista.arquivonacional.gov.br/index.php/revistaacervo/article/view/93>. Acesso em: 03 mar. 2016.
RIO DE JANEIRO. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ata 6150, 1831-1841. Assunto: Reformas dos Estatutos da Academia e ofícios das reuniões de congregação. Disponível em: <http://www.docvirt.com/docreader.net/docreader.aspx?bib=MuseuDJoaoVI&pasta=Avulsos&pesq=>. Acesso em: 7 fev. 2013.